MULHERES QUE BRILHAM - BELINHA LISBOA




No quadro MULHERES QUE BRILHAM, apresentamos aqui a história de luta e superação de uma Pernambucana arretada que mostra com a sua força que pra ela não existem petecas pra cair, mas sim, estrelas para segurar.
Maria Albéria da Silva, mais conhecida como BELINHA LISBOA, 35 anos, cantora, compositora, filha apaixonada pela  mãe, protegida por Deus e pelos seus “Eduardos” (filho e esposo).

Quem é Belinha?

Apelido de infância, adotado como nome artístico onde adotei o Lisboa do meu pai, Alberto Lisboa, o qual não me criou, mas mas sempre tive contato. Apesar do sofrimento da minha mãe ao me criar sozinha, jamais escondeu quem era o meu pai e mesmo tendo contatos raros, eu o conheci e entendi os motivos que o fez seguir sem nós duas. 
Certa vez perguntei: - Painho o senhor esquece que tem uma filha mais velha? Ele timidamente respondeu: - Você que pensa, lembro todos os dias! Para mim essa frase soou como uma declaração de amor e por isso a guardo no meu coração.
Venho de uma família muito simples e fui criada apenas por minha mãe, Maria do Carmo, a quem eu tenho como o meu maior exemplo de superação e garra. E foi com a ajuda da minha avó materna, Dona Júlia, que me tornei a Belinha que hoje sou; Forte, guerreira, sonhadora e de uma fé inabalável.

Quais foram suas lutas?

Eu costumo dizer que cada um de nós temos uma história para contar! Seja ela triste, alegre, de conquistas e superações. A minha tem um pouco de tudo isso junto. Como falei anteriormente, sou filha de uma mulher muito simples, empregada Doméstica, que criou os filhos quase que sozinha. Tenho 3 irmãs por parte de mãe. Franciele, Letícia e Jaciele. E não tem como contar um pouco de mim, sem falar da minha mãe. Desde muito pequena eu via a luta diária dela. Não gosto muito de se vitimar. A gente tem que encara a vida seja ela fácil ou difícil de cabeça erguida. Aprendi isso com a minha mãe. Eu via minha mãe sair de casa para trabalhar as 5hs 6hs da manhã, para me dar o sustento. Morávamos de aluguel. Lembro de um quartinho que morávamos em uma comunidade de Lajedo – PE. Hoje chamamos de comunidade, mas antigamente era favela mesmo rsrsr. Um quartinho, que só cabia uma mesa, uma cama de solteiro e um fogão de duas bocas. Dormíamos as três na única cama de solteiro. Minha mãe como sempre quase caindo da cama pra gente ter o melhor espaço. Lembro que nesse quartinho tinha uma janelinha que dava para a casa de uma vizinha. Ela batia na janela pra perguntar se estava tudo bem. Se estávamos com fome. Essas coisas. Éramos de fato muito pobres financeiramente. Acho que nessa comunidade foi onde passamos mais dificuldades. Tanto financeira, como também não tínhamos lazer, por ser um lugar violento. Vivíamos trancadas nesse quartinho. A noite a gente ouvia tiros, esse tipo de coisa. Tanta gente de bem morava lá. Mas infelizmente as vezes as condições são essas. Minha mãe lutou para sair de lá. E na primeira oportunidade alugou uma casa em um lugar melhor. Enfim, saímos e fomos morar em um bairro melhor. Nesse já podíamos brincar na rua. As dificuldades eram as mesmas, o que mudou foi a moradia. Mas já foi uma evolução. Eu vi por diversas vezes minha mãe trazer do trabalho a própria comida para nos alimentar na hora do almoço. Deixava de comer para dar as filhas. Enfim essa fase passa. Minha mãe conquista a casa própria! Com muito trabalho, conquistou, saímos do aluguel e fomos morar na nossa casinha ainda sem reboco, sem piso. Mas tinha as portas e o teto rsrsrsrs.  Cheguei a minha adolescência e aos 15 anos descobri que tinha o dom para cantar. Um vizinho me descobriu e assim fui gostando mais e mais da música  desejando viver da arte. Comecei cantando com amigos adolescentes e montamos uma banda de Reggae onde o sonho começou a se realizar. Com 17 anos, já cantava profissionalmente nas bandas da região e aos 17 anos engravidei. Uma das fases mais difíceis que enfrentei. Éramos jovens demais e muito imaturos, não daria certo. Passei por problemas financeiros e tive uma história parecida com a da minha mãe. Talvez se eu fosse contar tudo,  for contar daria um livro imenso. 
Com 19 anos vim para Garanhuns – PE, pois fui contratada para cantar em uma banda, onde conheci o meu atual esposo. Por coincidência do destino tem o mesmo nome do meu filho, Eduardo, sou privilegiado por ter dois "Eduardos"em minha vida. São eles que me dão força e que acreditam em mim. 
Cantei durante 12 anos na banda do meu sogro. Uma fase também de muita luta. Mas que me serviu para toda experiência que tenho hoje. E finalmente há 4 anos resolvi, me desligar da banda e percorrer o meu caminho na música. Trilhar a carreira solo. Quando um artista famoso fala carreira solo. É solo, mas já vem consolidada por causa do trabalho já desenvolvido em bandas de nome. Mas uma cantora que vem de uma banda, que não conseguiu alcançar o sucesso. E Resolve fazer Carreira solo é alvo de críticas. Muitos falavam: A banda não pegou, como ela vai e faz Carreira Solo? Pensei o seguinte, são 12 anos. E 12 anos não são 12 dias. Chegou a hora de mudar. E sabe a única coisa que me arrependo é de não ter feito isso antes. Por medo. Mas é bem verdade que o medo trava a gente... e como trava! São quatro anos de luta. Mas também quatro anos também de muitas conquistas. Onde em quatro anos conquistei coisas que em 12 anos nunca tinha conquistado. Onde eu posso ser eu, fazer do meu jeito. Mudar quando acho necessário. E hoje mais do que nunca, sei que vale a pena investir no meu sonho. O que não vale a pena é perder tempo, pensando em dificuldades. Eu invisto e acredito nos meus sonhos.

Quem é Belinha hoje?

Hoje, eu sou uma mulher que vi na dificuldade a oportunidade e vontade de vencer. Diante de todas as minhas conquistas. Às vezes levanto as mãos para o céu e digo: Oh Deus, tudo foi obra do Senhor! Tudo foi escrito pelo Senhor. Do momento em que eu nasci, até hoje, foi escrito por Deus! E minha mãe fala que um vizinho falava assim (de tão redonda que era a barriga dela):  É a tua bolinha de ouro! O significado que encontro nessa frase é que: “Eu sou a menina dos olhos de Deus”.  Porque ele olhou por mim, fez de mim a mulher guerreira que sou, e hoje eu me sinto bastante realizada com tudo que conquistei.
Quando a gente fala em conquistas, remete a bens materiais não é? Claro que bens materiais são bons, mas diante de tudo que vi da vida me considero rica realmente. Mas o meu bem mais precioso está na família que Deus me deu. Ter uma família para poder contar quando precisar é o bem mais importante de nossas vidas. E eu tenho! Eu sou dotada de muita fé em Deus, e quando eu era criança eu rezava muito.  E hoje vejo que Deus atendeu cada oração minha. Me deu tudo o que eu pedia e realizou um bocado de sonhos. Porém,  ainda tenho tanto para viver que acho que ele tem muito para me dar. Mas deixo por conta da vontade Dele, porque Deus sabe de todas as coisas e quem acredita sempre alcança!
Acredite!!!


Artista versátil com gosto eclético, Belinha Lisboa está com um show incrível que vale muito prestigiar.

Contatos para shows:
(087) 9 9612-7985
@belinhalisboaoficial
Facebook: Belinha Lisboa 

Comentários

  1. Uma Cantora Arretada 😍
    Que Deus continue te abençoando, abençando seu trabalho e sua família. És uma pessoa incrível, todo o sucesso do mundo, pra ti. ❤

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  2. Parabéns Sandra por trazer até nós a história dessa manina linda e muito querida. Sucesso às duas. Selma Mello

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    Respostas
    1. Fico muito feliz em poder compartilhar histórias de sucesso de mulheres guerreiras e cheias de fé. Belinha realmente é um grande exemple de superação e perseverança. Obrigada pelo carinho Selma Mello.

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  3. História linda de superação, amor a Deus e a família. Amei ter conhecido Belinha. Deus a abençoe.

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