ISSO TEM QUE PARAR - BASTA DE FEMINICÍDIOS
(Advogada morta pelo marido: Tatiane Spitzner)
O que se esperar de um país cujo as leis ainda vagueiam de forma lenta e mal articulada? Onde bandidos estão a solta e muitos deles cobertos em pele de cordeiros, sendo vistos como protetores de suas mulheres onde a grande realidade é que são seus algozes.
Tantos casos por aí sendo propagados e nada está mudando. Uma grande maioria se esconde atrás de sorrisos largos e passos firmes ao lado do seu opressor. a realidade é que vivem escondendo-se da sociedade para não ser vista como a vilã da causa que a levará a morte.
Muitas mulheres ainda não entendem que podem estar sendo vítimas de agressões de formas que passam despercebidas aos olhos de quem ama, mas isso tem que mudar.
- apelidos maldosos
- sarcasmos
- palavrões
- pressões psicológicas
- proibições
- distanciamento de parentes e amigos
- beliscões, mordidas, apertos, empurrões "sem maldade"
E algumas mais chamadas de besteirinhas vindas do homem, são tipos de agressões que comprovam que a qualquer momento tudo pode ficar bem pior.
Vale salientar que falar, expor, buscar ajuda é o melhor a fazer. Por mais que uma mulher ame seu agressor, chegará o momento em que ela descobrirá da forma mais terrível que uma pequena atitude poderia ter mudado tudo.
ELIZAS, NATALIES, ELIZES, MAITÊS, ELOÁS, CLAÚDIAS, MARGOTS, DANIELAS, e tantas outras que se foram porque não tiveram tempo de abrir o coração e dizer que estavam sendo oprimidas. Infelizmente pagaram com as próprias vidas o silêncio de não querer sofrer a perda do seu algoz.
Depoimento real
"Fui atormentada, repudiada, ferida na alma, maltratada e tratada como escrava, prostituta, rameira e tantos outros adjetivos de baixo calão que nem prefiro citar. Não tinha forças para acabar um casamento aparentemente perfeito, com filhos lindos e uma casa de dar inveja a qualquer mulher. Mas, só eu e Deus sabíamos o que se passava dentro de um quarto quando me via sozinha com meu suposto protetor, agressor e opressor. Eram momentos de angústia, de dor, de lágrimas. Após as sessões de tortura entrava no banheiro e chorando (baixinho) via marcas em meu corpo de mordidas e apertões que chocavam os olhos de qualquer ser humano. Eu não entendia porque aquele homem que me jurou amor, fazia questão de marcar meu corpo como seu eu fosse um animal de rebanho. Uma vez tentei perguntar o por quê daquela atitude e ele simplesmente respondeu: -Eu gosto!
Mas e eu? Não contava? Eu tinha mesmo que me sujeitar aquilo?
Um dia vendo um depoimento de uma mulher em um programa da secretaria da mulher de Pernambuco em que fui convidada por acaso a participar, resolvi falar e descobri que aquelas marcas eram de um homem agressivo, que tinha um extinto maligno de marcar sua presa para que ela, além de ficar desmoralizada, não tivesse coragem de encontrar outro homem e nem se mostrar diante de ninguém nua. Tomei um choque! Não sei como consegui andar até minha casa naquele dia e a partir dali eu falei, falei sim, falei muito e não autorizei aqueles momentos de dor. Fui criando coragem e buscando ajuda. Consegui me separar (embora fiquei escondida), mas a minha paz começou a partir do momento que alguém me abriu os olhos. Aos poucos fui me esquivando e descobri que estar sozinha era o melhor a fazer. E ele? Ainda me atormenta até hoje, mas consegui medidas protetivas e mudei de cidade. Porém o contato com os filhos ainda o fazem me manter ligada a ele. Mas estou longe, estou só, trabalho e estou feliz. Nunca mais nenhum homem porá a mão, nem tão pouco os dentes em meu corpo a não ser que eu permita." Esse depoimento foi de uma mulher que se levantou, falou, buscou ajuda e hoje é uma empresária no ramo de estética no interior de Pernambuco. Não podemos citar nomes para não comprometer sua integridade física e nem da sua família.
A qualquer vestígio de problemas entre casais, denuncie. Não se omita diante da brutalidade, pois se os vizinhos tivessem "metido a colher" na briga da Tatiane Spitzner, hoje ela estaria aqui para lutar junto a muitas que precisam de ajuda.
LIGUE 180
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