Instituição de Luto - Presidente que aguardava ansiosa a chegada dos seus herdeiros gêmeos, sofre a perda e nos remete a uma triste reflexão

CENAS DE UMA TRISTE REALIDADE

Um dia de muita angústia, para nós da comunidade AESGA. Os filhos de nossa colega Suianne Melo, duas pequeninas vidas, foram ceifadas precocemente. Não tiveram a oportunidade de desfrutar a existência, nem ter a satisfação de receber os carinhos, o amor de 
mãe, de pai, de avós, de tios e irmãos. Impedidos de dar os primeiros passos, de balbuciar as 
primeiras palavras, de sentir o perfume das flores e o cantar melodioso dos pássaros. Não irão 
ouvir as ondas do mar, nem sentir a sensação do caminhar em suas areias. As cores, as nuvens e o ar, deste paraíso meticulosamente construído por nosso Criador. Difícil é imaginar o futuro 
que poderiam ter, os amores que de forma indelével fariam parte de suas emoções. Uma terra 
feita para o prazer do homem, mas que o próprio homem tratou de forma desprezível arruiná-
la. De tudo de bom desta vida, o ser humano foi a mais perfeita das criações divinas, mas com 
suas paixões desordenadas e mesquinhas, destrói a cada dia todo o propósito da criação. 
 No torvelinho que nos encontramos nesta existência, vem a questão retórica: será que Deus em vez de permitir que estas duas criaturazinhas usufruíssem de todas as belezas da 
criação, não os poupou de vivenciar toda maldade engendrada pela vil humanidade? Recordo-
me de meu conterrâneo, o poeta Paraibano Augusto dos Anjos, que em seu olhar cético da vida, 
assim traduziu em seus versos: “O Homem, que, nesta terra miserável, mora, entre feras, sente 
inevitável necessidade de também ser fera”. A resposta nos vem a luz em nossas mentes quando 
pensamos que, talvez realmente seja melhor passar para a vida eterna, mesmo que tolhidos dos 
encantos da criação, e alçar um voo sem escalas ao verdadeiro paraíso, aterrissando nos braços afáveis do Pai, sem sofrer com as desventuras da convivência desta vida em meio as feras. 
 Deus, que detém o controle de todas as coisa, em sua infinita sabedoria, pode ter livrado 
esses dois anjinhos, nesta rápida passagem por esse mundo, do contato permissivo com a 
humanidade. Poupou-os dos ardis inescrupulosos daqueles que vieram à vida movidos por 
sentimentos mesquinhos, que não saciam sua voraz sede de poder, passando frivolamente por 
cima daqueles, que por ventura incautos, atravessam seus caminhos. 
 Triste tarde em Garanhuns...! Os céus debulham-se em lagrimas precipitando-se em 
uma tempestade de melancolia. Soam retumbantes os trovões prenunciando a uma misantropia 
do criador. Riscam os raios no lúgubre entardecer como que querendo iluminar as mentes para 
a reflexão de nossos atos. A realidade vivenciada de cenas como esta, traz a razão da cautela 
com o que fazemos com o próximo. De que vale esta vida se o fruto do nosso labor se reverte 
em choro e lágrimas. Saibamos que o justo juiz julgará nossas ações ao final da jornada nesta 
terra. A justiça dos humanos são como “trapos de imundícia”, mas a divina não será 
misericordiosa com os atos da maldade. 
 Com o aprendizado, desta triste história, passemos a seguir os ensinamentos de nosso 
Salvador Jesus Cristo, o qual nos disse: “Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos 
outros; assim como eu vos amei a vós, que também vós vos ameis uns aos outros.” (João13:34). 
Pois, “o amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não 
maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se 
alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (1Coríntios 13:4-7)

Adriano Sena 
Servidor da AESGA

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